Afinal de contas, tenho fugido de fazer as lives que mostravam o Rogério divertido, ou que tentava ser. Um cara que não perdia o mínimo senso de... bom senso, pelo menos.
Mais de um ano com um sentimento sem fim, uma coisa que parece cíclica, remoendo todas as dores do corpo e da alma. Perdas que se somam a mais perdas, desamor em alta, afastamento total!
Meu Deus! Um ano em que quase perco pessoas mais que amadas, e que a distância me mandou embora da vida de outras tantas. Sou grato por ter sido poupado. Mas a que custo! Minha mente está destroçada, coração em pedaços, e do bolso mesmo, acho que ele nem existe mais.
Olhei para uma calça que comprei há dois anos atrás. Me lembrei, inclusive, do dia que entrei na loja e a escolhi com a ajuda de uma vendedora atenciosa. Olhei pra ela agora, surrada, um rasgado surgiu acima dos joelhos. O pano esgarçado me deu a certeza que as coisas têm um fim, e que talvez seja isso um sinal de novos finais para coisas na minha vida mesmo.
As dores ultrapassaram o limite. E o chapéu já não disfarça a calvície da alma. O desalento toma conta, a tristeza de ser sem nunca ter sido parece uma ponte para lugar nenhum.
Um desabafo, somente. Pode ser que amanhã seja outro dia. E haja sóis capazes de aquecer a frieza desse minuto. O que me resta é esperar. E acreditar que a vida sempre vai seguir seu fluxo, desaguando sempre na morte.

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