Esse espaço, de início, era um blog falando sobre "ser pai, não ser paiaço". Um ode à paternidade. A SER pai em toda plenitude.
Com o tempo, o tema ficou meio que em desuso, e passo a passo tornou-se o que é: um lugar para falar do que penso. Hoje, volto ao tema inicial, pensando nos filhos dos outros.
A grande maioria dos filhos de hoje são resultado de relações superficiais, quase que acidentes de percurso. Vejo muitas crianças sendo criadas por mães, avós e avôs. Muitas delas têm uma relação tão afastada dos pais de origem que não dá pra se imaginar que eles sejam alguma referencia para eles. Quase sempre não são referencia sequer para si mesmo, esses pais!
Então - e notem, falo apenas dessa categoria de relações e de filhos vindos dela -   oque se percebe são mães, muitas delas quase crianças, tentando dar a seus filhos "aquilo que nunca tiveram". E ai incorrem no pior erro que é possível. Criam seus filhos cheios de vontades, sem entender o significado da palavra "não".
Fazem de seus pimpolhos o melhor de dois mundos, e quando se assustam acabaram criando crianças e adolescentes sem controle, e o pior é que são capazes de se achar tão protegidos que não se preocupem com os riscos da vida cotidiana. Ingressam em aventuras arriscadas, e muitas delas lhes custam a vida, ou em situações menos críticas, comprometem seu futuro.
Assim, se estiverem próximos de outras pessoas influenciáveis, podem se tornar criminosos. Podem achar que a vida é menos complicada quando enfrentam a Lei. E isso é muito difícil. De onde vem isso? Da falta do "não" na infancia, pois é na negativa dos pais que o filho encontra o equilíbrio para seu julgamento de certo e errado! 
Posso ter errado ao cuidar dos meus filhos. Nenhum deles está isento do erro. A diferença é que lhes foi mostrado a diferença entre o certo e o errado. Hoje, adultos, escolhem seus caminhos, e tenho certeza que muitas vezes pensam se aquilo está baseado naquilo que aprenderam enquanto, mesmo contrariados, faziam o que o pai dizia. 
Eu aprendi com meus erros e com os ensinamentos da minha paternidade. Tentei repassar aos meus filhos os valores que considero corretos
Agora, espero ver nos filhos dos meus filhos o resultado do que aprendemos juntos, eu e eles.

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