E ai fica a questão insubordinada, o medo que cala a vontade, o temor que impede a luta.
Ouvir esse camarada dizendo o que a gente merece tanto ontem quanto hoje,  me remete aos eventos que assistimos com a volta do povo às ruas, em luta por seus direitos. 
Sempre pensei que a pressão sobre o povo tem o limite do surpreendente: você pode tomar todo seu dinheiro com impostos que ele não "vê", mas ele se insurge se imaginar-se lesado em vinte centavos que sejam numa passagem de onibus. E, por isso, vai à luta, arrisca-se a umas borrachadas, sejam balas ou cassetetes, prende-se a isso e transborda toda a revolta acumulada há anos.
Vivemos tempos difíceis até mesmo no ambito mundial. O que não justifica a tentativa ditatorial de alguns governantes em exercer o poder se esquecendo de sua origem: o povo! Não se cabe mais atitudes isoladas e cheias de uma coisa que a sociedade vem gritando contra: a arrogancia.
E é por ali, em meio à saida dos protestos, misturado com os cidadãos comuns, que encontramos aquele que não concorda em ser agredido pela policia, o outro que quer dizer que cansou de ser assaltado, mais um que não quer mais o crescimento da inflação. Vão se insurgindo em conjunto, e é assim que movimentos como o dos caras-pintadas se agiganta: uma provocação do governo e deu no que deu! Vivemos situação parelha, e eu começo a acreditar que podemos merecer mais do que o dedo em riste da poesia do Gonzaga nos aponta: merecemos um pais melhor: e por ele devemos lutar, com consciencia, com civilidade. Fica a lição... Vamos lá Brasil!

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