Não sei não. Estou sentindo um comichão. Algo que, sob a pele, irrita e faz os dedos se mexerem num ritmo frenético aumentando a alergia.
             Sei não. Acho que essa coceira me irrita. Tem algo que me arranha a garganta; e coçar o gogó por fora não resolve. Dá vontade de beber alcool, para ver como é que fica. Essa coceira enlouquece!
             Pensando de onde vem isso. Porque tanto incomodo e irritação. Começo a rever o que comi, o que bebi, sei lá, o sabonete que usei. Pode ser um pernilongo, e se for o mosquito da dengue! Dez dias no estaleiro, não consigo!
             De repente, percebo que todo esse incomodo não passa de uma reação ao que vejo hoje em dia. Um alerta corporal, um grito dos sentidos. Tem algo errado, mas é com o que estou ouvindo, algo que está incomodando meu ego, meus sentidos. As coisas que leio, as noticias que fico sabendo, o modo de vida das pessoas nos dias atuais... caramba, isso está me dando urticária!
             Ah! Então é isso. Estou com sindrome de antiguidade. Querendo voltar aos velhos tempos. Queria ser um senhor de fraque em festa de fim de ano, para poder me deleitar com vestidos rodados e modinhas ao vivo. Ou quem sabe, curtir um rock'roll nos campos hippies dos anos 70 (não. pensando bem, não teria tanta diferença....). Melhor seria voltar aos anos 80 - ai sim! - e dançar ao som de músicas que ainda ressoam em meus ouvidos.
             Que bobagem! Cada tempo tem seus prós, seus contras. Quem vive sonhando com passado, esse sim, envelhece. Deixa eu cuidar de me tratar, porque isso, em sintese, não está fazendo bem, não.
              Sobrou tempo para escrever tanta coisa sem sentido. Mas aliviou a coceira. Ficou tudo dormente, o braço, a garganta. E a revisão dos meus pobres pré-conceitos acabou me fazendo entender que viver é bem isso: mudar constante, alterar bastante nossa forma de enxergar a opção das pessoas. Mimetizar-se, misturar-se, porque ser comum é que é bom. Quanto mais próximo do ser humano atual, mais perto da sanidade e do bom senso.
              Acabou-se a coceira... lá vou eu de novo, em busca de novos conhecimentos....e tratar de aprender que a vida é constante revisão de conceitos.; sem preconceitos!

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