Não se iludam os eleitores pensando que a disputa por votos é uma coisa fácil, tranquila ou civilizada; passa longe disso, caminha no sentido inverso de nossas convicções mais fortes.
Na contramão dessa linha de atitudes, descobri que é preciso, antes de tudo, fazer com que a discussão de propostas, o convencimento do cidadão (que por acaso é eleitor, não o contrário!) a decidir por seu nome, seja mais divertida, menos traumatica.
Estou fugindo de discussões que não levam a lugar nenhum, defesas de posições que acabam sempre em eternos bate-bocas, sempre com prejuizo para o cidadão, que merece muito mais que minha fala, merece meu respeito à sua opinião.
Tenho visto, e nem começamos direito esta campanha, uma tomada agressiva da cidade, já cheia de panfletos e placas e cavaletes e tudo mais. Vejo candidatos já se projetando sobre as pessoas numa tentativa de conquista de votos a qualquer preço. Recebo jornais que noticiam mentiras como se fossem furos de reportagem, desde que denigra o opositor.
E cada vez mais me convenço da necessidade de uma mudança radical em tudo isso. Afinal, esse dinheiro que é rasgado bem em nossas caras com campanhas milionárias, se não é resultado de nossos impostos repassados a partidos ou sonegados dos cofres públicos, com certeza serão pagos com juros extorsivos no futuro, com a posse do candidato que assim age.
Definitivamente é preciso acabarmos com a caricatura do eleitor bianual e levarmos adiante a figura do cidadão, esse sim, o alvo honesto daquele que adentra a politica com intenções mais nobres.