É... nunca pensei que cunhado fosse sinonimo de irmão. Tive de passar por um rio de  lágrimas para concluir isso. Não porque seja uma conclusão lógica, ao contrário. Descobrir isso me custou uma parte do peito. 
Há um ano eu perdia um irmão de vida, um parceiro que o destino me concedeu. Um ser humano decente, um homem corajoso, um companheiro de risos e tristezas. Há um ano ia para um outro plano aquele que deixou marcas em quem conviveu com ele, seja pessoal ou profissionalmente. Na família ficou um vazio. Sua perda deixou marcas que as noticias do jornal não transcrevem com a verdadeira transparencia sobre tudo que aconteceu.
Perdi um amigo, um cara do bem. Um sujeito que carregou no colo meus filhos, que me permitiu carregar os seus. Um confidente que partilhava comigo meus problemas, e agia na solução das coisas em conjunto com as minhas necessidades. Um cara que já me consolou, mas que nunca me pediu por consolo. E nem assim deixava de ser uma pessoa cheia de carencias e, sem demonstrar dava toda a sintonia de que aceitava nosso abraço como forma de suprir tudo isso.
A Policia perdeu um profissional exemplar. E nós, amigos que fomos, parentes que somos, perdemos uma referencia de amor e respeito.
E hoje, passados tantos dias sem ele, sobra a frase que norteava sua vida: Força e Honra! E, que entre eu e ele tambem significava um sensivel respeito.
Ao meu querido Cabo Fábio, meu Fabão amado, meu pranto de saudades, meu pleito de gratidão.

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