Mais um dia passado, mais lições apreendidas no decorrer das horas que, ao fim do dia, foram poucas para tantas atribulações.
Mas não faltou tempo para pensar no que tem de bom voltar ao passado e buscar ensinamentos...
Todas as coisas que acontecem, como num ciclo continuo, repassam algo que já vivemos, ou ouvimos. O Chacrinha estava certo: nada se cria, tudo se copia. Então, deixa que eu vou copiar o que é bom!
Vivi com meu pai uma relação conturbada até minha fase adulta, exatamente por achar que a verdade era minha, e que minhas atitudes iriam modificar o mundo. Quanta besteira... a custo de muita pancada - dele e do mundo - fui obrigado a admitir que se existe uma posição que nos deixa sempre bem é a tal "zona de conforto". Trazer as pessoas para essa área, onde a neutralidade e a argumentação inteligente fazem de conversas ácidas verdadeiros bate-papos entre amigos é arte que ele, politico como poucos, conseguia com pericia.
Nunca entendi bem como fazer isso; sei que  às vezes (e só as vezes) consigo. A mecanica do diálogo ameno é coisa prá poucos, e os especialistas são chamados de articuladores. Mas como o velho Peixoto, poucos conheci.
Ele conseguia desviar do assunto desagradável de uma forma surpreendente, desanuviava o ambiente em volta e, quando voltava a falar do que interessava, a propriedade de seus argumentos acabava prevalecendo. Estou falando de um jeito tão especial de lidar e falar com as pessoas que era simplesmente cativante. Meu pai conquistava pessoas e eu não entendia como.
Agora, revendo tudo que vivenciei com ele, percebo que a base de tudo é paciencia. Conquistar com calma, não a concordancia da pessoa, mas ganhar A pessoa! Assim, ela se torna sua amiga e entre amigos tudo é mais fácil.
Um certo senhor Peixoto reside em mim. E nele eu me inspiro diariamente tentando aprender a ser melhor no trato com as pessoas.

One Response so far.

  1. Jane says:

    Muito bom ver sua reconciliação com seu PAI!
    Isso é básico prá vida seguir sempre em frente!

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